Zilda Arns foi
médica pediatra e sanitarista. Fundou em 1983 a Pastoral da Criança, um
programa de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. No início
era só um grupo de voluntários do Paraná, com o objetivo de ajudar famílias
pobres a evitar a mortalidade infantil, com a disseminação do uso do soro
caseiro. O trabalho começou na pequena cidade de Florestópolis, no Paraná.
Zilda Arns à frente da Pastoral, ao longo de 25 anos, expandiu o programa que
chegou a alcançar 72% do território Nacional, além de vinte países na América
Latina, Ásia e África. O trabalho foi fundamental para reduzir a mortalidade
infantil, levando Zilda Arns a receber a indicação ao Prêmio Nobel da Paz, em
2006.
Zilda Arns
(1934-1910) nasceu no dia 25 de agosto em Forquilhinha, Santa Catarina. Filha
de descendentes da alemães, Gabril Arns e Helena Steinar Arns. Irmã de Dom
Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. Casou-se aos 21 anos com o
marceneiro Aloysio Neumann, com quem teve seis filhos, Marcelo, falecido logo
após o nascimento, Rubens (Médico Veterinário), Nelson (Médico), Heloísa
(Psicóloga), Rogério (Administrador de Empresas) e Silvia (Administradora de
Empresas), falecida em 2003 em acidente de carro. Zilda ficou viúva em 1978.
Estudou medicina na Universidade Federal do Paraná e especializou-se em
pediatria, saúde pública e sanitarismo.
Zilda Arns
começa sua vida profissional no Hospital Pediátrico em Curitiba. Em 1983, por
sugestão de dom Paulo, Zilda e dom Geraldo Majella, arcebispo de Salvador,
formularam um plano para diminuir a mortalidade infantil com o uso do soro
caseiro, estava criada a Pastoral da Criança. As comunidades católicas
treinavam voluntários para ensinar mães pobres a usar o soro e evitar que seus
filhos morressem de diarreia e desidratação. A cidade escolhida para início dos
trabalhos foi Florestópolis, no Paraná, local em que a mortalidade infantil era
muito alta. Logo a mortalidade que era de 127 óbitos para cada mil crianças,
baixou para 28 óbitos.
Para chegar
até a indicação ao Prêmio Nobel, Zilda Arns percorreu ao longo de 25 anos, os
cantos mais remotos do Brasil. O programa se expandiu e alcançou 72% do
território nacional, além de vinte países na América Latina, Ásia e África.
Participou de eventos, realizou palestras, acompanhou comitivas da pastoral, um
trabalho que mudou o destino de milhões de crianças.
Em outubro de
2009 esteve no Timor Leste, onde a Pastoral auxilia mais de 6000 crianças. Em
janeiro de 2010 saiu de Curitiba e partiu para Miami, onde pegou outro avião
que a levou até Porto Príncipe, no Haiti, onde faria uma palestra sobre seu
trabalho na Pastoral, para um grupo de religiosos haitianos. Era o dia 12 de
janeiro, quando terminou a palestra e permaneceu no prédio paroquial da Igreja
Sacré Coeur, respondendo algumas perguntas dos religiosos, foi nesse momento
que aconteceu o terremoto que destroçou Porto Príncipe. O prédio de três
andares, virou um amontoado de pedras e vigas. Zilda foi atingida na cabeça e
morreu na hora, junto com outros religiosos que estavam na sala.
O corpo de
Zilda Arns foi levado para Curitiba, transportado em carro aberto e aplaudido
por uma multidão que se despedia da missionária.
Informações biográficas de Zilda Arns:
Data do
Nascimento: 25/08/1934
Data
da Morte: 12/01/2010
Morreu
aos: 75 anos