Os
átomos do elemento oxigênio, utilizados pelos seres vivos, encontram-se
combinados dois a dois, constituindo o gás oxigênio, um dos componentes da
atmosfera de nosso planeta, ou associados ao hidrogênio constituindo a água ou,
ainda, na forma de CO2.
O oxigênio
atmosférico, na forma de 02, é captado por plantas e animais para ser utilizado
no processo da respiração. Neste processo, o oxigênio combina com o hidrogênio,
formando moléculas de água.
A água
formada na respiração retorna para o ambiente através da transpiração e da
excreção é utilizada nas reações químicas do ser vivo, acabando por fornecer os
hidrogênios e os oxigênios que farão parte da matéria orgânica. Neste caso, o
oxigênio voltará à atmosfera na forma de água e gás carbônico, por ocasião da
morte e conseqüente decomposição do organismo. A água pode ser ainda utilizada
pelas plantas no processo da fotossíntese. Durante este processo, as moléculas
de água serão quebradas, passando os hidrogênios a fazer parte das moléculas
orgânicas sintetizadas, e o oxigênio será liberado na atmosfera , na forma de
O2.
Parte
do oxigênio da atmosfera concentra-se entre quinze e trinta quilômetros da
superfície, na troposfera. Nessa altura, a radiação solar ultravioleta atinge
as moléculas de oxigênio, que, ao absorver esse tipo de radiação, se quebra
liberando átomos de oxigênio. Como são extremamente reativos, esses átomos
reagem com outras moléculas de oxigênio, formando o ozônio.
Ciclo
do Carbono
O
carbono é o elemento fundamental na constituição das moléculas orgânicas. O
carbono utilizado primariamente pelos seres vivos está presente no ambiente,
combinado ao oxigênio e formando as moléculas de gás carbônico presentes na
atmosfera ou dissolvidas nas águas dos mares, rios e lagos.
O
carbono passa a fazer parte da biomassa através do processo da fotossíntese. Os
seres fotossintetizantes incorporam o gás carbônico atmosférico,
transformando-se em moléculas orgânicas. O ciclo do carbono é o seguinte:
O
carbono é absorvido pelas plantas. Uma vez incorporado às moléculas orgânicas
dos produtores, poderá seguir dois caminhos: ou será liberado novamente para a
atmosfera na forma de CO2, como resultado da degradação das moléculas orgânicas
no processo respiratório, ou será transferido na forma de moléculas orgânicas aos
animais herbívoros quando estes comerem os produtores (uma parte será
transferida para os decompositores que liberarão o carbono novamente para a
atmosfera, degradando as moléculas orgânicas presentes na parte que lhes
coube).
Os
animais, através da respiração, liberam à atmosfera parte do carbono
assimilado, na forma de CO2.. Parte do carbono contido nos herbívoros será
transferida para os níveis tróficos seguintes e outra parte caberá aos
decompositores e, assim, sucessivamente, até que todo o carbono fixado pela
fotossíntese retorne novamente à atmosfera na forma de CO2.
Emissão
de Carbono na Atmosfera
O gás
carbônico existente na atmosfera é essencialmente originado pelo processo de
respiração (79%). Pode ser gerado ainda pela queima de material orgânicos,
combustíveis fósseis (gasolina, querosene, óleo diesel, xisto, etc) ou não
(álcool, óleos vegetais). Pode ainda ser resultado da atividade vulcânica. Os
solos ricos em matéria orgânica em decomposição (pântanos) apresentam grande
concentração de CO2.
O gás
carbônico presente na atmosfera é importante componente do efeito estufa, um
fenômeno atmosférico natural, que ocorre porque gases como o gás carbônico
(CO2), vapor de água (H2O), metano (CH4), ozônio (O3) e óxido nitroso (N2O) são
transparentes e deixam passar a luz solar em direção à superfície da Terra.
Esses gases porém são praticamente impermeáveis ao calor emitido pela
superfície terrestre aquecida (radiação terrestre).
Esse
fenômeno faz com que a atmosfera permaneça aquecida após o por-do-sol,
resfriando-se lentamente durante a noite. Em função dessa propriedade física, a
temperatura média global do ar próximo à superfície é de 15 ºC. Na sua
ausência, seria de 18 ºC abaixo de zero. Portanto, o efeito estufa é benéfico à
vida no planeta Terra como hoje esta é conhecida.
Desse
modo, a questão preocupante é a intensificação do efeito estufa em relação aos
níveis atuais. Quanto maior a concentração de gases estufa na atmosfera, maior
será a capacidade de aprisionar a radiação terrestre (calor) e maior será a
temperatura da Terra. O principal gás estufa é o vapor de água, porém sua
concentração é muito variável no tempo e espaço. O CO2, segundo gás em
importância, tem causado polêmica quanto à quantidade emitida e principais
locais e fontes de emissão, além da necessidade de controle de emissões. Isso
ocorre devido ao aumento de sua concentração na atmosfera (cerca de 0,5% ao
ano) e seu tempo de vida na atmosfera, que é de até 200 anos.
Como
considera Cunha, 1997: “a necessidade de estabelecimento de protocolos de
controle de emissões de gases estufa é incontestável, pois testar a hipótese do
efeito estufa intensificado em um experimento com próprio Globo seria bastante
arriscado. Hoje, à indagação do que ocorrerá com o aquecimento global, caso não
haja controle nas emissões dos gases de estufa, não tem como escapar do lugar
comum: quem viver, verá!.
Ciclo
do Nitrogênio
O
nitrogênio é um elemento que entra na constituição de duas moléculas orgânicas
extremamente importantes: as proteínas e os ácidos nucléicos. Embora esteja
presente em grande porcentagem no ar atmosférico, na forma de N2, poucos são os
organismos que o assimilam nessa forma. Apenas certas bactérias e algas
cianofíceas podem retirá-lo do ar na forma de N2 e incorporá-lo às suas
moléculas orgânicas. Como conseqüência, os demais seres vivos dependem daqueles
organismos para a fixação do nitrogênio ambiental.
As
bactérias que fixam o nitrogênio diretamente da atmosfera vivem próximo à
superfície do solo. Ao morrer e ser degradadas, essas bactérias liberam seu
nitrogênio no solo, na forma de moléculas de amônia. Outros tipos de bactérias
transformam a amônia em nitratos e é, nessa forma, que as plantas absorvem o
nitrogênio do solo, por meio de suas raízes. Os herbívoros obterão nitrogênio
ao comerem as plantas.
Certas
bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico, ao invés de viverem livres no
solo, vivem no interior dos nódulos formados em raízes de plantas leguminosas,
como a soja e o feijão. Ao fixarem o nitrogênio do ar, essas bactérias fornecem
parte dele às plantas. A rotação de culturas é uma prática recomendável, porque
as plantas leguminosas colocam em disponibilidade o nitrogênio para outras
culturas.
A
devolução do nitrogênio à atmosfera, na forma de N2, é feita graças à ação de
outras bactérias, chamadas denitrificantes. Elas podem transformar os nitratos
do solo em N2, que volta à atmosfera, fechando o ciclo.
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